- carolinainnovah
Quando quem amamos precisa de ajuda

Muitas vezes, ver alguém próximo em sofrimento é tão doloroso quanto se o sofrimento fosse nosso. Seja nossos pais, filhos, companheiros ou amigos, nos sentimos responsáveis por ajudá-los a saírem dessa situação, porém, muitas vezes não entendemos como. Quando pensamos em problemas como depressão e ansiedade (os mais comuns em diversos diagnósticos psiquiátricos), existem alguns sinais que nos alertam de que algo está fora do normal.
Os sinais do sofrimento
Focando nos aspectos relacionados à depressão, alguns dos sinais mais comum são:
Tristeza profunda
Diminuição do prazer nas atividades
Diminuição do interesse, apatia
Sentimentos de culpa, inutilidade e autocrítica intensos
Desesperança, pessimismo
Diminuição da concentração e lentificação do raciocínio
Fadiga e cansaço excessivos
Maior sensibilidade à dor (podendo desencadear até quadros de fibromialgia)
Alterações do sono
Alterações do paladar
Diminuição da libido
Sentimento de solidão
Nos casos de ansiedade, que em muitos casos podem estar associados à depressão, alguns sinais são:
Preocupação constante
Pensamento acelerado, a ponto de prejudicar a atenção, foco e memória
Irritabilidade, surtos de raiva
Dores tensionais (cabeça e pescoço são os mais comuns)
Aceleração do batimento cardíaco e encurtamento da respiração, podendo acarretar em fortes dores no peito
Cansaço físico e mental
Alteração do sono (insônia, principalmente)
Os sinais não precisam estar presentes durante todo o dia. Para algumas pessoas eles se intensificam em períodos específicos, como a noite.
Ajudar não é forçar
Depois de entender que a pessoa efetivamente precisa de ajuda, precisamos compreender que, na maioria dos casos (caso você não seja responsável legal pela pessoa), a escolha de buscar auxílio profissional cabe apenas à pessoa em sofrimento. O trabalho do cuidador, nesses casos, é de mostrar para ela como buscar ajuda pode ser benéfico e auxiliar na escolha do profissional.
Forçar a busca de um tratamento muitas vezes causa um efeito contrário, podendo causar uma aversão ao tema e até piora no quadro. Além disso, a escolha do profissional que conduzirá o tratamento é algo pessoal, afinal o paciente tem que se sentir seguro para se abrir em relação a pontos delicados de sua vida. A busca pela melhora não pode ser um processo passivo, feito por outros.
Apoio é muito importante
Após buscar ajuda e iniciar o tratamento, o caminho apenas começou. E um ponto de extrema importância para quem está nesse processo é ter uma rede de apoio que irá ajudá-lo a percorrer os altos e baixos que irá passar.
Mesmo com acompanhamento psiquiátrico e/ou psicológico, o processo não é, necessariamente, uma linha reta ascendente de melhora. É comum sentir em alguns momentos como se estivesse piorando e isso pode fazer com que a pessoa desanime e queira desistir dos medicamentos e terapias. Nessa hora, é importante que ela tenha pessoas próximas que a auxiliem a compreender que momentos como esse fazem parte da jornada.
Não esqueça de si
Principalmente em casos de convivência intensa com a pessoa em sofrimento, precisamos também ter cuidado conosco. É frequente que membros da família ou parceiros também comecem a desenvolver sintomas depressivos ou ansiosos ao lidar com as questões da pessoa amada. Isso é um comportamento humano comum, mas para ajudarmos alguém, precisamos estar bem.
Por isso, fique atento aos seus sentimentos e procure acompanhamento profissional se for o caso.